Nesta quinta-feira (12) se comemora o Dia do Empresário Contábil. Diferentemente dos contadores, este profissional se dedica também a demandas de gestão, unificando características do universo da contabilidade com o empreendedorismo.
Para os especialistas da Fenacon (Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas), a pandemia impulsionou a carreira, já que contadores viram nos desafios econômicos do período uma chance de reinventar suas atuações.
“É natural do profissional da Contabilidade ter que se manter constantemente atualizado. Durante a pandemia, com o aumento do exercício de funções em home office e os debates de adaptação das leis trabalhistas à nova realidade, o profissional se viu encarregado de mais funções administrativas e até de gestão de pessoas”, explica Daniel Coêlho, presidente da Fenacon. “Houve também, por conta desse dia a dia constantemente em mudanças, uma aproximação do profissional com as empresas em que prestava serviços, e isso impulsionou o seu perfil empreendedor”.
Para Coêlho, o maior desafio do contador ao se tornar empresário é conseguir agregar valor ao serviço que presta.
Para migrar à área, é necessário marketing pessoal e organização
E como fazer essa transição de contador para um empresário contábil? Reynaldo Lima Junior, vice-presidente institucional da Fenacon dá a deixa: é necessário sair do comodismo em que muitos profissionais acabam entrando e pensar na sua prestação de serviços como uma oportunidade para novos produtos:
“O profissional tem que ter a autovalorização do seu trabalho e o entendimento que, com os novos modelos de gestão, ele tem a oportunidade de se tornar mais próximo dos seus clientes, expandindo os serviços que presta. Hoje, a gente tem uma maior importância e relevância da contabilidade no mercado, eu não conheço uma empresa que não esteja conectada a um contador, mas para o profissional que queira ser empresário, ele tem que estar preparado para outros desafios”, ressalta Lima.
Os desafios envolvem, principalmente, criatividade, e refletir onde o serviço prestado pode evoluir. “A gente vê hoje vários empresários contábeis dando consultorias, diagnósticos na área de investimentos, serviços para pessoas físicas quanto jurídicas. O importante é que, para chegar a isso, é necessário o marketing pessoal, tanto para o contador como empresário quanto para a sua empresa contábil, para assim apresentar os novos serviços e a sua nova função”, ressalta.
Lima conclui que o empresário contábil é uma evolução da contabilidade, e que o mercado tende a crescer ainda mais. “Estamos cada vez mais utilizando a contabilidade como a ciência que ela é. Ela não é uma mera administradora de tributos, mas sim uma ciência analítica do cenário mercadológico.”
Sobre a Fenacon
Criada em 1991, a Fenacon (Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas) nasceu da necessidade de empresários do setor de serviços de se ter uma entidade que os representasse nacionalmente.
Filiada à Confederação Nacional do Comércio (CNC), a Fenacon conta com 38 entidades empresariais, que representam, aproximadamente, 400 mil empresas distribuídas nos 26 estados e no Distrito Federal.
No Pará a Fenacon é é representada pelo SESCON-PA, que existe há 28 anos.